Archive for Dezembro, 2010


Manhã de quinta-feira. A chuva cai fina, o tempo está cinza, o vento frio entra pela janela cortando as costas. A caixa de emails está vazia. Nos sites de relacionamento, nada de interessante. Pega uma xícara de café bem forte, uma torrada e liga a televisão: nada de interessante.

Foi nesse momento que Lívia se deu conta de sua solidão:  poucas pessoas lhe mandam emails, apenas o estritamente necessário. Recados nas redes sociais também são poucos. Seu telefone, mal tocava e, quando tocava, eram sempre as mesmas pessoas. Seu relacionamento não era a oitava maravilha do mundo, mas ela começava a se sentir solitária: os modos de pensar e de agir eram muito diferentes.

Ligou a televisão, passeou por vários canais e não encontrou nada o que prestasse. Olhou mais algumas coisas na internet, se conformou com a própria solidão. O café esfriou. Deitou novamente na cama, se rendendo a um sonho povoado de sonhos onde a vida era boa e ela era feliz.

ABOTOADO

 

Nome popular: Armau ou abotoado

Nome científico: Pterodoras granulosus

Habitat: Vive em rios nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e freqüenta poços de grande profundidade onde rastreia o fundo atrás de comida, podendo atingir até 70cm de comprimento e 7Kg de peso.

APAIARI

Nome Popular: Apaiari ou Oscar

Nome Científico: Astronotus ocellatus

Tamanho: 28 cm

Origem: Região Amazônica

Distribuição Geográfica: Bacia Amazônica e nas represas nas regiões nordeste e sudeste.

APAPÁ

Nome Comum: Apapá, Sardinhão, Dourada/Herring.

Nome Científico: Pellona Castelnaeana (apapá dourado), Pellona flavinnipi (apapá branco).

Características: Corpo alongado, comprimido lateralmente e coberto de escamas que lhe dão coloração peculiar, boca pequena voltada para cima e em placas, que em muito dificultam as ferradas. O Apapá amarelo pode atingir até 60Cm de comprimento e o Apapá branco 50.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde são encontrados em rios, lagos e matas inundadas. Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos.

ARUANÃ

Nome Popular: aruanã-prateado, aruanã.

Nome Científico: Osteoglossum bicirrhoshum.

Distribuição Geográfica: América do Sul, Bacia do Amazonas, principalmente os rios Oiapoque e Rupuni.

BAGRE

Nome Popular: Bagre

Nome científico: Bagre marinus

Habitat: Este peixe pode ser encontrado tanto em águas salgadas e salobras da costa leste brasileira como nas águas interiores do nosso território. O nome Bagre é genérico, já que existem muitas espécies de Bagre diferentes. No mar podem atingir até um metro de comprimento e 15Kg de peso, sendo que em águas interiores chegam a atingir apenas 2Kg, não considerando é claro os grandes Bagres que tem nome específico como por exemplo a Pirarara e a Piraíba.

BARBADO

Nome Comum: Barbado, Piranambu, Mantopaque, Peixe moela

Nome científico: Pirinampus pirinampu

Características: Corpo alongado e pouco alto de coloração cinza-azulado e dorso com grande nadadeira adiposa tendendo para o castanho-esverdeado ao ser retirado d’água. Cabeça com boca pequena e barbilhões sensoriais achatados. Pode atingir 80cm de comprimento e pesar até 12kg.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, do Prata e Araguaia -Tocantins, onde vive na beira dos rios. Piscívero por excelência é bastante voraz, atacando exemplares presos às redes.

BICUDA

Nome Comum: Bicuda

Nome científico: Boulengerella spp.

Características: Corpo fusiforme e roliço coberto de escamas, nadadeira dorsal na parte posterior do corpo. Boca pontuda que lhe justifica o nome e dificulta as ferradas. Pode atingir 1m de comprimento e 6 kg de peso.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde é encontrada na superfície e meia – água em áreas de correnteza, boca de igarapés e lagos, alimentando-se de peixes.

BLACK BASS

Nome: Black Bass

Nome Científico: Micropiterus dolomieu

Onde encontrar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

CACHARA

Nome Comum: Cachara, Surubim

Nome científico: Pseudoplatystoma fasciatum

Características: Corpo alongado e roliço sem escamas (de couro), de coloração acinzentada escura no dorso clareando em direção ao ventre onde pode chegar ao branco, coberto de faixas verticais irregulares pretas, que vão da região dorsal até pouco abaixo da linha lateral. Pode apresentar também manchas arredondadas entre estas faixas, cabeça grande e achatada com barbilhões sensoriais.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, onde vivem nos poços e canais dos rios, praias e igapós, se alimentando de pequenos peixes de escamas e camarões.

CACHORRA

Nome Comum: Cachorra, Peixe-Cachorro, Pirandirá.

Nome científico: Hydrolycus scomberoidesRaphiodon vulpinus

Características: Corpo de coloração prateada e diminutas escamas, achatado e alongado. Boca oblíqua com um par de presas na mandíbula inferior que ultrapassam o maxilar superior quando a boca está fechada. Mancha preta alongada junto ao opérculo.

Distribuição/ocorrência: Hydrolycus scomberoides – Raphiodon vulpinus ,Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, Raphiodon vulpinus, Bacia do Prata. Vivem em canais, praias de rios, lagos e igapós, alimentando-se de quaisquer outros peixes.

CAPARARI

Nome Comum: Caparari

Nome científico: Pseudoplatystoma tigrinum

Características: Corpo sem escamas (de couro), alongado e roliço de coloração acinzentada escura no dorso, clareando em direção ao ventre e esbranquiçada abaixo da linha lateral, coberto de manchas pretas irregulares que lhe justificam o nome tigrinum. Cabeça grande e achatada, que se estreita em direção à boca com barbilhões sensoriais.

Distribuição/ocorrência: Bacia Amazônica, onde vivem em canais dos rios e praias, igapós e lagos, alimentando-se de pequenos peixes.

DOURADA

Nome Popular: Dourada

Nome Científico: Brachyplathystoma flavicans

Distribuição Geográfica: Bacia amazônica.

DOURADO

Nome Comum: Dourado

Nome científico: Salminus maxillosus, Salminus brasiliensis

Características: Embora bastante semelhantes o Salminus brasiliensis é o maior da espécie e apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados enquanto o Salminus maxillosus é dourado com as nadadeiras alaranjadas. As escamas apresentam um filete negro no meio que no conjunto formam listras dessa cor no sentido longitudinal, do dorso até à linha lateral. As fêmeas podem alcançar 1m de comprimento e pesar mais de 20 quilos.

Distribuição/ocorrência: Bacia do Prata: Salminus maxillosus e Bacia do São Francisco: Salminus brasiliensis, onde vivem nas corredeiras e na boca de lagos principalmente durante a vazante, quando se alimentam de peixes de escamas, de couro e Tuviras.

JACUNDÁ

Nome Comum: Jacundá

Nome científico: Crenicichla spp.

Características: Corpo alongado de coloração esverdeada-amarronzada coberto de escamas e com boca grande onde a mandíbula é maior que o maxilar superior. A coloração e a disposição das manchas e faixas escuras é aleatória, variando conforme a espécie, embora a faixa longitudinal ao longo do corpo seja comum a todas elas. Apresenta um ocelo na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Atingem até 40cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco, onde vivem em águas paradas como todos os ciclídeos. Se alimentam de pequenos peixes, camarões e outros crustáceos.

JATUARANA

Nome Comum: Jacundá

Nome científico: Crenicichla spp.

Características: Corpo alongado de coloração esverdeada-amarronzada coberto de escamas e com boca grande onde a mandíbula é maior que o maxilar superior. A coloração e a disposição das manchas e faixas escuras é aleatória, variando conforme a espécie, embora a faixa longitudinal ao longo do corpo seja comum a todas elas. Apresenta um ocelo na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Atingem até 40cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco, onde vivem em águas paradas como todos os ciclídeos. Se alimentam de pequenos peixes, camarões e outros crustáceos.

JAÚ

Nome: Jaú

Nome científico: Paulicea lutkeni

Onde encontrar: Os jaús costumam ser encontrados em canais de rios, poços fundos – como o final de corredeiras – nas regiões Norte, Centro-Oeste, e em alguns locais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Apesar de escassos e de pequeno porte, em alguns pontos, como no Pantanal, ainda há ótimos locais onde podem ultrapassar 50 kg, como na região entre o Pará e Mato Grosso.

JURUPENSÉM

Nome Comum: Jurupensém

Nome científico: Sorubim cf.lima

Características: Corpo roliço de coloração amarelada passando a marrom escuro quase preto no dorso e esbranquiçada abaixo da linha lateral que é coberta por uma faixa longitudinal escura como o dorso. A cabeça é longa e achatada com os olhos colocados lateralmente e a boca arredondada tem o maxilar superior muito avançado o que lhe dá uma característica toda especial. As nadadeiras são avermelhadas e ele pode atingir 70cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, onde formam grandes cardumes nos poços abaixo das corredeiras, alimentando-se de pequenos peixes e camarões.

JURUPOCA

Nome Comum: Jurupoca, Jerepoca, Braço de moça.

Nome científico: Hemisorubim platyrhynchos

Características: O corpo castanho esverdeado podendo variar para o amarelado apresenta manchas pretas ovaladas e de tamanho diverso sobre a linha lateral, uma delas situada na base do lobo superior da nadadeira caudal. O ventre é branco e na cabeça pequena em relação ao corpo a boca com prognatismo acentuado (mandíbula maior que o maxilar superior) é voltada para cima e dotada de barbilhões sensoriais. Pode atingir 60cm de comprimento e pesar 4 quilos.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, onde vivem na beira dos rios e na boca de lagoas alimentando-se de pequenos peixes e invertebrados.

LAMBARI

Nome Comum: Lambari, Piaba

Nome científico: Astianax spp.

Características: Corpo de coloração variada alongado e comprimido lateralmente, existindo mais de 300 espécies conhecidas.

Distribuição/ocorrência: Em todo o Brasil. Praticamente não existe um curso d’água onde uma de suas espécies não seja encontrada. Alimentam-se de quase tudo, desde insetos à flores, frutos e sementes.

MANDI

Nome Comum: Mandi, Bagre.

Nome científico: Pimelodus spp.

Características: Corpo alto no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal é de coloração variada conforme a espécie. Acúleos fortes e agudos nas nadadeiras dorsal e peitoral são comuns a todas elas. O Pimelodus maculatus (figura) é de coloração parda alvacenta clareando em direção ao ventre branco. Apresenta várias fileiras de manchas escuras irregulares ao longo do corpo e pintas também escuras nas nadadeiras pode atingir 50Cm de comprimento. Nas Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, vive o P. blochii, de formato semelhante mais de coloração amarelada e sem pintas ou manchas e de tamanho menor atingindo no máximo 30Cm.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins (P.blochii), Prata (P. maculatus, P. ornatus) e São Francisco, onde se alimentam de pequenos peixes, invertebrados, frutos e sementes.

MANDUBÉ

Nome Comum: Mandubé

Nome científico: Ageneiosus brevifilis

Características: Corpo alongado de dorso azul escuro e coloração amarelada clareando em direção ao ventre. Cabeça larga e achatada com olhos laterais, boca com maxilar superior proeminente e pequena abertura branquial como é comum à espécie. Apresenta forte aguilhão na nadadeira dorsal.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, onde vivem ao longo do rios, remansos e corredeiras alimentando-se de peixes, camarões e insetos.

MATRINXÃ

Nome Comum: Matrinxã

Nome científico: Brycon sp.

Características: Corpo de coloração prateada, alongado e pouco comprimido lateralmente, nadadeira caudal escura e as restantes alaranjadas. Mancha escura junto ao opérculo. Boca com dentes pontiagudos dispostos em várias fileiras no maxilar superior. Pode alcançar 60Cm de comprimento e pesar 5 quilos.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem em rios de águas claras, principalmente junto às pedras e troncos submersos, alimentando-se de frutos, sementes, insetos e pequenos peixes.

PACU

Nome Comum: Pacu-comum, Pacu-branco, Pacu-manteiga

Nome científico: Mylossoma spp., Myleus spp., Metynnis spp.,  Myloplus spp.

Características: Tanto os do gênero Metynnis (21 espécies), quanto os do gênero Mylossoma (5 espécies) apresentam o corpo alto e comprimido lateralmente em forma arredondada ou ovalada, coberto de pequenas escamas. A cabeça e a boca dotada de fortes dentes molariformes dispostos em uma ou duas fileiras, são pequenas e as nadadeiras dorsal e anal estão situadas na parte posterior do corpo. A coloração depende de cada espécie e muitas vezes da água onde vivem. Espécies como o Pacu-borracha, apresentam manchas avermelhadas pelo corpo.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco, onde algumas espécies serão encontradas em rios, lagos e igapós, e outras em corredeiras e pedrais, alimentando-se de frutos, sementes, algas e também de crustáceos e moluscos.

PESCADA-DO-PIAUÍ

Nome Popular: Pescada-do-piauí

Nome científico: Plagioscion squamosissimus

Distribuição / ocorrência: É encontrada nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

PIAPARA

Nome Comum: Piapara

Nome científico: Leporinus piapara.

Características: Corpo alongado e afusado de coloração prateada-amarelada com três manchas pretas esmaecidas sobre a linha lateral, nadadeiras douradas e boca pequena.

Distribuição/ocorrência: Bacia do Prata, onde vivem nos poços dos rios e nas bocas de lagoas e corixos. A grande maioria é onívora e se alimenta de vegetais e insetos, no entanto existem algumas espécies que se alimentam de algas, raízes, frutos e sementes.

PIAU

Nome Comum: Piau três pintas, Aracu comum, Aracu cabeça gorda.

Nome científico: Leporinus friderici

Características: Corpo de alongado e afusado de coloração acinzentada com três manchas pretas sobre a linha lateral, que lhe justificam o nome, boca pequena com dentes incisivos. Nadadeiras amareladas.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, onde é encontrado nas margens dos rios, lagos e igapós, alimentando-se insetos, frutos e sementes.

PIAVUÇU

Nome Comum: Piavuçú, Piabuçú.

Nome científico: Leporinus macrocephalus.

Características: O corpo acinzentado escuro no dorso por causa das escamas vai clareando em direção ao ventre. É grosso em relação ao comprimento e boca grande é dotada de seis dentes tanto na mandíbula quanto no maxilar superior. Pode chegar a 60Cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacia do Prata, onde é encontrado tanto na beira quanto no canal dos rios, nas baías e abaixo das quedas d’água, onde se alimentam de insetos, crustáceos e moluscos.

PINTADO

Nome Comum: Pintado.

Nome científico: Pseudoplatystoma corruscans.

Características: O corpo alongado e roliço sem escamas (de couro), de coloração acinzentada escura no dorso clareando em direção ao ventre onde pode chegar ao branco é coberto de máculas escuras de diferentes tamanhos e que também aparecem nas nadadeiras. Cabeça grande e achatada com barbilhões sensoriais. Pode atingir mais de 1,20m de comprimento e pesar mais de 50 quilos.

Distribuição/ocorrência: Bacias do Prata e São Francisco, onde vivem no canal dos rios, nas praias, nos lagos e nos igapós, se alimentando de pequenos peixes.

 

PIRACANJUBA

 

Nome Comum: Piracanjuba.

Nome científico: Triurobrycon lundii.

Características: Corpo de coloração prateada-esverdeada, alongado e pouco comprimido lateralmente, nadadeiras vermelhas e mancha escura no centro do pedúnculo da nadadeira caudal. Cabeça pequena em relação ao corpo e boca forte com dentes dispostos em fileiras no maxilar superior. Pode atingir até 80Cm de comprimento e pesar mais de 6 quilos.

Distribuição/ocorrência: Bacia do Prata, onde vivem nos canais e margens dos rios de águas rápidas e corredeiras, alimentando-se frutos, sementes, flores e eventualmente insetos.

 

PIRAÍBA

 
Nome Comum: Piraíba, Filhote, Piratinga, Piranambu.

Nome científico: Brachyplathystoma filamentosum.

Características: Peixe de grande porte, seguramente o maior dos silurídeos brasileiros, corpo acinzentado escuro acima da linha lateral e mais claro abaixo desta, cabeça e boca muito grandes com maxilar superior proeminente e barbilhões sensoriais. Pode ultrapassar 2m de comprimento e pesar mais de 150Kg. Quando menores que 50/60Kg, são chamados filhotes.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem nos locais profundos dos rios, confluência destes ou em saídas de corredeiras.

 

PIRANHA

 

Nome Comum: Piranha.

Nome científico: Serrasalmus spp.

Características: Corpo rombóide e um pouco comprimido lateralmente, mandíbula prognata e dentes afiadissimos capazes de cortar o mais grosso dos monofilamentos. A coloração é uniforme indo do cinza ao preto nos adultos. Os jovens são mais claros apresentando no entanto algumas manchas escuras. Pode alcançar 40Cm de comprimento e pesar em torno de 3Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem em rios de águas claras e pretas. Carnívoras por excelência e normalmente solitárias, alimentam-se peixes.

 

PIRAPITINGA

 

Nome Comum: Pirapitinga, Caranha.

Nome científico: Piaractus brachypomus.

Características: Corpo romboidal comprimido lateralmente com coloração cinza-arroxeado e ventre tendendo ao vermelho nos adultos e cinza claro com manchas alaranjadas nos jovens. Boca forte com dentes molariformes. Pode atingir 80Cm de comprimento e pesar 20Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem nos rios durante as secas e nos lagos, lagoas e igapós, nas cheias quando são encontradas debaixo de árvores, se alimentando dos frutos que caem na água.

 

PIRAPUTANGA

 

Nome Comum: Piraputanga.

Nome científico: Brycon microleps, Brycon hilarii.

Características: Corpo de coloração prateada, tendendo ao amarelo depois de retirado d’água, alongado e pouco comprimido lateralmente. Boca e dentes fortes, nadadeiras alaranjadas sendo a caudal vermelha com mancha preta sobre a linha lateral que vai da nadadeira adiposa até aos raios centrais da nadadeira caudal, pode medir até 50Cm de comprimento e pesar 3Kg.

Distribuição/ocorrência: Brycon microleps, Bacia do Prata; Brycon hilarii, Bacia do São Francisco, onde vivem tanto em águas rápidas quanto em remansos debaixo de árvores frutíferas, onde se alimentam dos seus frutos e de pequenos peixes.

 

PIRARARA

 

Nome Comum: Pirarara.

Nome científico: Phractocephalus hemioliopterus.

Características: Corpo curto e grosso com enorme cabeça dotada de forte cobertura óssea que vai até o início da nadadeira dorsal e barbilhões sensoriais característicos da família. Talvez seja o mais colorido dos silurídeos e sua coloração varia do castanho esverdeado no dorso até a linha lateral, flancos amarelo esmaecido e ventre esbranquiçado. Nadadeiras dorsal e caudal alaranjadas tendendo ao vermelho. Pode atingir 1,5m de comprimento e pesar mais de 100Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem na confluência e nos poços dos rios abaixo das corredeiras protegidos pelas árvores e troncos ali deixados pela correnteza, alimentando-se de peixes, frutos e crustáceos.

 

SAICANGA

 

Nome Comum: Saicanga, Peixe-cachorro.

Nome científico: Acestrorrynchus spp.

Características: Corpo de coloração prateada-esverdeada, alongado e estreito, cabeça com focinho longo e boca grande com dentes caninos. Mancha escura no pedúnculo da nadadeira caudal e algumas vezes também atrás do opérculo. Podem atingir 35Cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco, onde vivem em águas paradas ou de pouca correnteza, alimentando-se de peixes e camarões.

 

SURUBIM-CHICOTE

 

Nome Comum: Surubim-chicote, Surubim-lenha, Peixe-lenha.

Nome científico: Sorubimichtthys planiceps.

Características: Corpo de coloração cinza-escuro, muito alongado e roliço, cabeça grande e achatada com focinho arredondado, mais larga que o restante do corpo dando-lhe a aparência de uma flecha quando visto de cima. Boca com maxilar superior maior que a mandíbula, que mesmo quando fechada deixa aparecer uma placa com diminutos dentes. Apresenta uma faixa clara em toda extensão do corpo, da nadadeira peitoral à caudal. O dorso e as nadadeiras são cobertos por pequenas manchas escuras. Pode atingir até 1,5m de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem nos canais dos rios, alimentando-se principalmente de peixes.

 

TABARANA

 

Nome Comum: Tabarana, Tubarana, Dourado-branco.

Nome científico: Salminus hilarii.

Características: Corpo de coloração cinza-esverdeada com nadadeiras avermelhadas sendo a caudal mais escura que as outras e com uma faixa escura no centro do pedúnculo. Cabeça com focinho pontiagudo e boca com duas fileiras de dentes cônicos na mandíbula e no maxilar superior. Pode atingir 40Cm de comprimento.

Distribuição/ocorrência: Bacias do Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco, onde vivem em locais de correnteza, alimentando-se de peixes.

 

TAMBAQUI

 

Nome Comum: Tambaqui.

Nome científico: Colossoma macropomum.

Características: Corpo romboidal de coloração castanho na metade superior e preta na inferior, podendo no entanto apresentar cores mais claras conforme a água onde vivem. Boca prognata pequena e forte com dentes molariformes. Pode atingir 90Cm de comprimento e pesar 30Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacia Amazônica, onde durante a seca são encontrados nos rios de águas barrentas, desovando e vivendo sem se alimentar da gordura que acumularam. Os jovens ficam nos lagos se alimentando de zooplâncton. Na cheia entram nos igapós para se alimentar de frutos e sementes.

 

TILÁPIA

 

Nome Comum: Tilápia.

Nome científico: Tilápia rendali, Oreochromis niloticus.

Características: Corpo um pouco alto e comprimido lateralmente comum às mais de 100 espécies dos gêneros Oreochromis, Sarotherodon e Tilápia. No Brasil encontramos a Oreochromis niloticus (Tilápia do Nilo), que pode pesar até 5Kg, Tilapia rendali (Tilápia rendali), Sarotherodon hornorum (Tilápia Zanzibar) e um híbrido desenvolvido em Israel para pisciculturas, a Saint-Peters.

Distribuição/ocorrência: Em quase todo o Brasil, onde foram disseminadas através de peixamentos. Conforme a espécie podem ser: herbívoras, onívoras ou fitoplanctófagas.

 

TRAÍRA

 

Nome Comum: Traíra, Lobó, Tararira.

Nome científico: Hoplias malabaricus.

Características: Corpo alongado e cilíndrico de coloração marrom ou preta com manchas irregulares mais claras e ventre esbranquiçado. Boca grande dotada de dentes caninos capazes de cortar como uma faca. As nadadeiras, características da espécie, são arredondadas à exceção da dorsal. Pode atingir até 6com de comprimento e pesar 3Kg.

Distribuição/ocorrência: Praticamente em qualquer espelho d’água do Brasil inteiro, onde solitários são encontrados entre as plantas aquáticas e troncos submersos em lagos, lagoas, brejos, igapós, córregos e igarapés, alimentando-se principalmente à noite de peixes, batráquios e insetos.

 

TRAIRÃO

 

Nome Comum: Trairão.

Nome científico: Hoplias lacerdae.

Características: Corpo alongado e cilíndrico de coloração marrom escuro quase preto no dorso, flancos mais claros até o ventre esbranquiçado. Boca grande dotada de afiados dentes caninos. As nadadeiras, a exceção da dorsal, são arredondadas. Pode atingir até 1m de comprimento e pesar 20Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacia Amazônica e Rio Ribeira do Iguape, onde vivem à margem dos rios, dos lagos e das lagoas em áreas com vegetação ou galhos/troncos submersos, alimentando-se de peixes, batráquios e insetos.

 

TRUTA ARCO-ÍRIS

 

Nome Comum: Truta arco-íris.

Nome científico: Oncorhynchus mykiis.

Características: Corpo esguio, alongado e pouco comprimido. Coloração variando do castanho-esverdeado no dorso aos flancos acinzentados e ventre esbranquiçado. Todo coberto de pintas escuras inclusive as nadadeiras.

Distribuição/ocorrência: Endêmica dos Estados Unidos, Canadá e Alaska, está disseminada no mundo inteiro. No Brasil foi introduzida nos rios das regiões Sudeste e Sul, onde vivem em rios de águas frias e rápidas, nos poços e remansos, alimentando-se de pequenos peixes, crustáceos e insetos.

 

TUCUNARÉ

 

Nome Comum: Tucunaré (Açu, Paca, Pinima, Vermelho).

Nome científico: Cichla ocellarias e Cichla temensis.

Características: Existem 14 espécies conhecidas na Amazônia sendo cinco delas descritas (Cichla ocellaris, Cichla temensis, Cichla monoculus, Cichla orinocensis e Cichla intermedia) De maneira geral apresentam corpo alongado e um pouco alto de coloração amarelada-esverdeada com o dorso mais escuro e ventre branco. Conforme a espécie pode apresentar faixas escuras verticais ou manchas irregulares nos flancos além do característico ocelo sobre o pedúnculo da nadadeira caudal. Os pacas como o nome indica têm o corpo coberto de pequenas manchas brancas. Os Pitangas grande mancha vermelha sob a boca. Sem esquecer dos Azuis, talvez seja o peixe com a maior variação de cores da água doce. Podem atingir 1m de comprimento e pesar 15Kg.

Distribuição/ocorrência: Bacia Amazônica e Araguaia-Tocantins, onde vivem nos lagos, baías, igapós e algumas vezes nas margens dos rios, principalmente junto aos barrancos. Foi disseminado em reservatórios espalhados pelas regiões Sudeste e Nordeste. Formam casais e se reproduzem em ambientes lênticos, construindo seus ninhos normalmente debaixo de troncos caídos.

Então, 2010 está indo embora e 2011 chega. Normalmente, eu odeio essa coisa de celebrar Ano Novo, pois na grande maioria as vezes o meu ano inteiro é repleto de vários ciclos, então nem me ligo em celebrar essa coisa do novo ciclo, da nova etapa…

Mas neste ano está diferente… Estou realmente com a sensação de um novo ciclo. As coisas estão caminhando para grande mudanças. Estou com o sentimento de “posso fazer tudo o que eu quiser neste novo ano”.

E resolvi que quero escrever um livro. Ainda não sei sobre o que, ainda não sei se vai ser uma coletânea dos meus contos e das minhas crônicas, não sei se vou escrever uma estória… Mas eu quero começar a escrever um livro. Sempre quis ser escritora, mas nunca fiz nada a respeito.

Não, não estou pensando em viver de livros. Estou pensando seriamente em começar a faculdade de Letras “ASAP” (as soon as possible, do Inglês “o mais rápido possível”), fazer um concurso público, pegar uma matrícula no Estado e uma no Município e ficar mais tranquila em relação a trabalho. Mas quero escrever um livro. Acho incrivelmente fantástico criar uma história que mereça ser registrada e passada adiante.

Se alguém tiver alguma idéia para o meu futuro livro… por favor, sugira =P

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Meu Pai, minha vida!

Logun Edé

Logunedé ou Logun Ede, do iorubá Lógunède, é um orixá africano que na maioria dos mitos costuma ser apresentado como filho de Oxum Ipondá e Oxóssi Inlè ou Érinle. Segundo as lendas, vive seis meses nas matas caçando com Oxóssi e seis meses nos rios pescando com Oxum. É cultuado na nação Ijexá como sua mãe, mas também nas nações Ketu e Efan, sendo o seu culto muito difundido no Rio de Janeiro.

No entanto, existem outras versões acerca de sua filiação. Se na maioria dos mitos, Logunedé surge como filho de Oxum e Oxóssi, em outros, um pouco mais raros, aparece como filho de Ogun e Iansã. Há, ainda, histórias que contam a lenda de Logunedé como filho desses quatro Orixás, apresentando-o como nada mais, nada menos que uma representação dos Orixás Gêmeos, Ibeji.Simultaneamente caçador e pescador, Logunedé é o herdeiro dos axés de Oxum e Oxóssi que se fundem e se mesclam como mistério da criação, trata-se de um orixá que tem a graça, a meiguice e a faceirice de Oxum à alegria, à expansão de Oxóssi. Se Oxum confere a Logunedé axés sobre a sexualidade, a maternidade, a pesca e a prosperidade, Oxóssi lhe passa os axés da fartura, da caça, da habilidade, do conhecimento.Essa característica de unir o feminino de Oxum ao masculino de Oxóssi, muitas vezes o leva a ser representado como uma criança, um menino pequeno ou adolescente, formando mais uma tríade sagrada na História das religiões. Com Logunedé, completa-se o triângulo iorubá pai, mãe e filho que também se repete nas trilogias católica (Pai, Mãe e Espírito Santo), egípcia (Ísis, Osíris e Hórus), hindu e tantas outras.
Como símbolo da pureza, muitas vezes Logunedé também é visto como um ser andrógino. Ao contrário do que muitos pensam, Logun Ede não é de características masculina e feminina, não é bissexual. Na verdade possui uma grande relação com Òsun, sua mãe e com Erinlé, seu pai, trazendo consigo a personalidade desses dois Òrìsà e algumas características marcantes, mas nada que o transforme em um hermafrodita que durante seis meses é Oboró e seis meses Ìyábá como algumas pessoas assim o dizem e usam deste artifício para denotações homossexuais.Existem templos para Logun Ede em Ilesa, seu lugar de origem, onde em alguns itans é citado como um corajoso e poderoso caçador, que tamanha coragem é relacionada a de um leopardo. Casado com três esposas. De culto diferenciado e totalmente ligado ao culto a Òsun, é um Orisa de extremo bom gosto. Seus objetos devem permanecem junto aos assentos de Osun e sempre quando agradado devemos agradar sua mãe. Tem predileção ao dourado, é um Orisa muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orisas.
De Òsun, sua mãe, Logun Ede herdou o lado belo e vaidoso. Pois Òsun lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Deusa da fertilidade, na Nigéria é dela o rio que leva o seu nome e no Brasil dela são as águas doces dos lagos, fontes e rios. Água que mata a sede dos humanos e da terra, que assim se torna fecunda e fornece os alimentos essenciais à vida. Òsun menina dengosa, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Òsun é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. Com seus atributos, ela dribla os obstáculos para satisfazer seus desejos.De Erinlé, seu pai, Herdou o dom da caça pois Erinlé é da família dos Ode e seu símbolo é o ofá, a lança de caça e o ogue. Erinlé é a representação do desenvolvimento do homem, conhece os segredos da caça, também símbolo de prosperidade e formação de comunidades. Ele busca o alimento com coragem e é considerado o guerreiro das matas, é corajoso, viril e Logun-odé tem estas características, é um Òrìsà guerreiro. Mas se, em várias tradições, ele é considerado um orixá masculino, em algumas é confundido com a homossexualidade ou a bissexualidade, o que ocorre quando se interpreta ao pé da letra o mito que afirma viver Logunedé seis meses como homem e seis meses como mulher. Na verdade, a interpretação mais aceita seria que essa se trata de uma metáfora para falar dos axés herdados por ele de seus pais, Oxum e Oxóssi.Após ser abandonado e viver com Ogum, aprende com ele as artes da guerra e da metalurgia. É coroado por Iansã como o príncipe dos Orixás. É amigo íntimo de Yewá, seriam eles os Orixás que se complementam, considerados o par perfeito.Num mito raro, Logunedé se perde no caminho entre as casas de Oxum e Oxóssi, é encontrado pelo velho Omolu que o ampara e protege. Com Omolu, Logunedé aprende a arte da cura e a feitiçaria. O seu primeiro nome, Logun, no Brasil se mesclou ao segundo, Edé, nome da cidade iorubá na qual o seu culto se fortaleceu, formando Logunedé. Logun pode ser uma abreviatura de Ologun que, em iorubá, quer dizer feiticeiro.Então, feiticeiro, caçador, pescador, príncipe guerreiro, esses são alguns títulos, alguns epítetos dados à Logunedé. Para Mãe Menininha do Gantois, “Logun é santo menino que velho respeita”.Costuma ser cultuado no candomblé, mas não na umbanda.

Características
Logun-Edé é o Orixá originado do encanto, ou encantamento de Osossi e Osun. Divindade dos rios, senhor da pesca. Logun-Edé vive seis meses com o pai, Osossi, na caça e seis meses com a mãe, Osun, na água doce. Ambos ensinariam a Logun-Edé a natureza dos seus domínios.Logun-Edé não é um Orixá “metá-metá”, ou seja, um Orixá de dois sexos, embora divida o tempo com os pais, Logun-Edé é um Orixá masculino. Ele é a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. Rege a ingenuidade do jovem, a adolescência, a beleza adolescente. O seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, no primeiro carinho. Está presente no brilho do olhar, no perfume das flores e numa paisagem singela. É também o deus da arte, o príncipe do que é belo, das águas doces, da caça, da alegria.Logun-Edé está encantado nos pequenos animais, como o coelho, o porquinho-da-índia e os pequenos pássaros, no mato baixo, nas matas pouco densas e principalmente nos rios, sua morada predileta. Está ligado às artes de pintar, esculpir, escrever, dançar, cantar; como o seu pai Osossi e ligado ao banho, pois também é filho de Osun, deusas das águas doces.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Loguned%C3%A9
=========================================

Mariana acordou mais um dia sem vontade de sair da cama. A televisão ainda não havia sido desligada: passava um seriado de humor estúpido e ela rapidamente começou a passear pelos canais: nada que prestasse. Ela teria um compromisso durante o dia, mas o telefone não tocava de jeito nenhum. Ela simplesmente desistiu de ficar ansiosa.

Levantou, deu uma volta pela casa. Fumou um cigarro, brincou com a cachorra. Sentou no computador, olhou alguns sites de relacionamento, mas não havia nada de interessante. O telefone continuava sem tocar. Pensou em ligar para alguém, mas não sentia vontade de falar.

Foi ler um pouco. Nada prendia sua atenção. Apenas suas memórias pulsavam, latejavam, gritavam dentro da sua mente. O dia anterior ainda estava vivo e ela simplesmente se recusava a sair daquela lembrança e voltar à realidade.

Era só um quarto de motel. Aliás, uma linda suíte de motel. Sauna seca, piscina, hidromassagem, televisão enorme… E a companhia… Ah! Era ele… Ele, só ele…

Estavam morando juntos há pouco mais de um ano. Era um relacionamento bom, tranquilo, seguro, estável. Não havia rompantes de sentimentos, aquela paixão desenfreada. Não, não era assim. Era como se o mundo fosse um mar em fúria, no meio de uma tempestade, e o relacionamento dos dois fosse um porto seguro no meio desse turbilhão mortal.

Era nisso que ela pensava naquela dia passado no motel. Claro que havia atração sexual: ela não sobreviveria por tanto tempo em um relacionamento sem sexo de qualidade. Mas era diferente de tudo o que Mariana conhecia: era algo sereno e calmo, que, por mais que houvesse excitação, por mais que houvesse um tesão dominante, não era apenas carne: era sentimento junto. O dia foi mais interessante por isso, por essas reflexões.

Ela percebia que ele era o seu refúgio, a sua paz. Ela percebia que era o refúgio dele, a paz dele. Eles se completavam, não por pele, mas por almas. Eram almas compatíveis, almas gêmeas.

Ele chegou do trabalho cedo. Trouxe pão com requeijão e refrigerante. Ela estava lendo uns textos no computador, ele iria jogar. Os dois se fizeram companhia, mesmo em silêncio. E ela ficou ali, olhando a televisão, convicta de que era o caminho certo e que, não importa o que houvesse, eles dois estariam bem. E isso bastava.

1ª Cantada: Como eu queria ser esse sorvete!!
Resposta: Além de ser fresco, quer ter o pau enfiado no rabo também?

2ª Cantada: Se beleza desse cadeia, você pegaria prisão perpétua!
Resposta: Se feiúra fosse crime, você pegaria pena de morte!

3ª Cantada: Gata, você é linda demais! Só tem um problema: sua boca tá muito longe da minha!
Resposta: Questão de higiene…

4ª Cantada: Qual o caminho mais rápido para chegar ao seu coração?
Resposta: Cirurgia plástica, lavagem cerebral e uns 3 meses de malhação!

5ª Cantada: Você é a mais bela das flores, uma rosa! Quer florescer no meu jardim?
Resposta: Eu vou morrer de sede com o tamanho do seu regador…

6ª Cantada: Eu não acreditava em amor à primeira vista, mas quando te vi mudei de idéia!
Resposta: Que coincidência! Eu não acreditava em assombração!

7ª Cantada: Você tem uma boca! Deve ter um gostinho… Posso provar?
Resposta: Pode… (cospe no chão e vira as costas)

8ª Cantada: Se tivesse uma mãe como você, mamaria até os 30 anos!
Resposta: Se eu tivesse um filho como você, mandaria para o circo!

9ª Cantada: Nossa, eu não sabia que boneca falava…
Resposta: E eu não sabia que macaco falava!

10ª Cantada: Oi! O cachorrinho tem telefone?
Resposta: Tem, por quê? Sua mãe está no cio?

11ª Cantada: Este lugar está vago?
Resposta: Está, e este aqui também vai ficar vago se você sentar aí.

12ª Cantada: Então o que vc faz da vida?
Resposta: Eu sou travesti, e você?

13ª Cantada: Será que eu já não te vi em algum lugar?
Resposta: Claro! Eu sou a recepcionista da clínica de doenças venéreas.. Não lembra?

14ª Cantada: A gente já não se encontrou em algum lugar?
Resposta: Já e é justamente por isso que eu não vou mais lá!

15ª Cantada: A gente vai para a sua casa ou para a minha?
Resposta: Os dois: você vai para a sua casa e eu vou para a minha!

16ª Cantada: Eu queria te ligar… Qual é o seu telefone?
Resposta: Está na lista!
Réplica: Mas eu não sei o seu nome…
Tréplica: Também está na lista… Bem ao lado do telefone…

17ª Cantada: Ora, vamos parar com isso.. Nós dois estamos aqui pelo menos motivo..
Resposta: É… Pegar mulher….

18ª Cantada: Eu quero muito me dar por completo pra você…
Resposta: Sinto muito… Eu não aceito esmola!

19ª Cantada: Se eu pudesse te ver nua, eu morreria feliz…
Resposta: Se eu pudesse te ver nu, eu morreria de rir…

20ª Cantada: Está procurando boa companhia?
Resposta: Estou, mas com você por perto vai ficar muito mais difícil!

Eu te roubei pra mim, para te ter pela vida inteira…
Eu te tranquei no meu peito, para que não vás embora…
Eu te selei os lábios com um beijo, para q não grites…
Eu te pus pra dormir em meu leito, pra não te perder…
Eu te dei a lua e o sol, pra que nada te falte…
Eu te ofertaria as estrelas, só para ver o teu sorriso…
Eu te marquei com unhas e dentes, para marcar meu território…
Eu te amo tds os dias, te desejo a cada noite e me renovo em ti a cada manhã, só para satisfazer meu egoísmo.. Só para matar a vontade de te fazer feliz, só para manter o sorriso q o teu amor me traz, só para te querer enlouquecidamente todos os dias…
Te amo.. A cada dia mais, a cada segundo mais… Por toda a minha vida, eu sei que vou te amar… Diariamente me descubro em teu peito e me perco novamente em seus beijos, em seus carinhos… Me desenho novamente para vc, mas o calor do teu corpo novamente me derrete a imagem, precisando de ti novamente para me reescrever…
Antes de ti eu era metade de mim mesma, metade de mulher, perdida em devaneios sem sentido, um diamante bruto confundido com um mero seixo, sem brilho, perdido no fundo de uma montanha distante…
Em teu amor me vejo inteira, me vejo pessoa, me vejo mulher, me vejo única, um diamante lapidado perdido em suas mãos, sem necessidade de se encontrar, pois o seu calor é o calor de me sentir em casa…

Te amo… A cada dia mais, a cada segundo mais…

Abraçe então essa mulher, essa menina perdida em seu colo, em seu olhar, em seus carinhos e acalma esse coração que só sabe doer de saudade, que só sabe dizer o seu nome…

Hoje eu preciso de um café forte, um cigarro aceso e uma música para chorar.
Hoje eu preciso de um abraço apertado, uma roda de amigos e uma mesa de bar.
Hoje eu preciso de uma boa conversa, uma piada sem graça e um jogo de bilhar.
Hoje eu preciso de um livro antigo, uma história nova e um novo lugar.

Hoje eu preciso de um sanduíche de queijo, um filme velho e um travesseiro pra deitar.
Hoje eu preciso de uma lavagem cerebral, uma bronca de uma amiga e um ombro pra chorar.
Hoje eu preciso de um cheiro novo, uma roupa passada e um lugar pra dançar.
Hoje eu preciso de uma bicicleta, uma ciclovia e uma praia para pedalar.

Hoje eu preciso de um pôr-se sol, uma chuva de estrelas e uma noite pra descansar.
Hoje eu preciso de uma chuva de estrelas, de um novo desejo e de um novo luar.
Hoje eu preciso de tudo novo, começar do zero e desencanar.
Hoje eu preciso de uma balada, de um porre e de um remédio pra relaxar.

Hoje eu preciso de uma recomeço.
Hoje eu preciso de um amigo.
Hoje eu preciso de um verso novo.
Hoje eu preciso de um violão.
Hoje eu preciso de uma lavagem cerebral.
Hoje eu preciso de um calmante.
Hoje eu preciso te esquecer.

Quando você olhar para o céu
E ver as estrelas a brilhar
Não se engane, meu querido
São meus olhos a te olhar

Quando você ver o mar
E ver as ondas indo e voltando
Não se engane, meu querido
É o meu amor se renovando

Quando você ver as coisas simples da vida
Como um passarinho cantando
Não se engane, meu querido
É o meu amor se revelando

O nosso amor surgiu de repente
Antes mesmo da primeira vista
Um amor paciente
Que se renova diariamente com a reconquista

O amor está aqui afinal!
Parou de se esconder realmente!
Está na nossa rotina usual
Basta olhar cuidadosamente…

Não é o que dizem, é o que sentimos…

Confesso que não tenho cuidado
Nem sei se muito amor tenho te entregado
Se tenho do seu coração cuidado
Se tenho realmente, todos os dias, te amado

Eu encontrei o amor de verdade!
Um sonho real, minha cara-metade
Só sei que chegou de repente
E me encontro perdida em seus braços…

Esta é uma resposta ao texto de Teco Barreto, Onde está Amor.
Clique aqui para ler o texto.