Do alto da Pedra dos Esqueletos, o Dragão Púrpura olhava de longe… O grupo de guerreiros atacava os seus lacaios até chegar até ele. Atacava impiedosamente, até matar cada um deles…

O clima na montanha era pesado: o ar de malignidade se espalhava deixando o ar quase irrespirável. Os corpos jaziam pela pedra, inertes, mortos. A Sacerdotisa conseguira correr rápido o suficiente para despistar o Dragão Púrpura e voltar para ressucitar os jovens guerreiros…

Mas até mesmo no meio do clima mórbido o Destino, senhor de tudo, tinha seus meios de fazer com que as coisas seguissem o seu curso. O Sacerdote caíra sobre o corpo frágil da Feiticeira. E ali conversaram. Por trás do Sacerdote, havia um Guerreiro. Dali, a Feiticeira e o Guerreiro passaram a se falar todos os dias. Como a Raposa do Pequeno Príncipe, a Feiticeira passou a esperar, cada vez mais ansiosa pelo cumprimento do Guerreiro e, quando este a cumprimentava, seu rosto era pequeno demais para abrigar tamanho sorriso. Ela se interessou e foi aos poucos se apaixonando pelo jeito simples, meigo e atencioso do Guerreiro, mas a timidez não permitia que ela falasse abertamente sobre isso. Ele, no entanto, foi direto, claro, objetivo.. E ela disse sim…

Então, finalmente Guerreiro e Feiticeira se encontraram. Os olhares se cruzaram. Os corpos se cruzaram. O abraço longo aquecia, confortava. Então, o inevitável aconteceu: os dois se lançaram em um beijo único, inesquecível, seguido por um delicado “Oi”. Daquele momento em diante, não havia mais dúvidas de que Guerreiro e Feiticeira caminhariam juntos.

Assim se inicia uma nova história… Guerreiro e Feiticeira, Feiticeira e Guerreiro.. Ou talvez muito mais do que um Guerreiro e uma Feiticeira: duas pessoas, comuns simples, desvestidas de armaduras e de habilidades especiais.. Apenas.. dois apaixonados…